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GOOD ROBOT, BAD ROBOT

As duas maiores economias da Ásia mostram como a substituição de empregados por robôs podem ter motivações éticas muito diferentes

Rodrigo Trindade

 

Em 2018, Japão e China inauguraram restaurantes com garçons robôs e mostram como a substituição de postos de trabalho por máquinas pode guardar gigantescos abismos valorativos em suas motivações.

Nas ainda embrionárias experiências de ambos países, com cerca de um metro de altura, são robôs que percorrem os curtos caminhos entre as mesas e a cozinha. Movimentando-se por sensores óticos, as pequenas máquinas são capazes de entregar os pedidos e saudar os clientes com frases simples.

Nos últimos anos, a China vem investindo na automação, robotização e uso de sistemas de inteligência artificial. E o faz, essencialmente, para aumento de lucratividade.

A opção de robotização dos serviços no Japão é diferente. Em café recém aberto em Tóquio, os robôs são controlados por funcionários com deficiências físicas graves. Segundo Kentaro Youshifuji, o CEO da Ory Lab Inc., empresa desenvolvedora dos equipamentos, “os robôs permitem o trabalho físico e a participação social”. Os organizadores da iniciativa japonesa pretendem formar parceria para promover ainda mais a assistência para trabalho de pessoas com deficiência, utilizando robôs remotamente.

Na China, o gerente do restaurante da província de Zheijang se disse satisfeito com a possibilidade de redução de custos de salários. Com baterias que duram oito horas e vida útil de cerca de cinco anos, os robôs chineses, além de entregar comida, dançam o gangnam style para os clientes.

 

Com informações de Kyodo News e New York Post.

 

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