Aniversário de magistratura: 15 anos (21/10/2017)

Aniversário de 15 de magistratura

Rodrigo Trindade

Hoje (21/10/2017) estou de aniversario. Há exatos 15 anos (sim, debutei) tomava posse como juiz e guardei essa plaquinha que o presidente do Tribunal entregou pra prestar o juramento na cerimonia solene.

Era um guri, bem menos inexperiente que se esperava e muito mais cheio de certezas que deveria.

De vez em quando ainda a puxo da gaveta… para (re)lembrar que a magistratura não é profissão, é compromisso de consciência prestado para a Sociedade.

Nos últimos anos, vem sendo mais difícil ser juiz no Brasil: retaliações políticas, ameaças cada vez mais desavergonhadamente expressas, subversão do sistema jurídico por quem não o conhece ou não suporta sua eficiência em punir a delinquência. É exatamente a cólera dos poderosos, o rancor dos corruptos, o revanchismo dos escravocratas, a exasperação de todo tipo de pária social que faz certeza da necessidade de atuação corajosa e independente. Não poderia ter outra profissão.

Calamandrei (que nunca foi magistrado, mas entendia como poucos a profissão) já disse que “o juiz é o direito feito homem”, e poucas coisas podem ser mais honrosas que ter a delegação da comunidade para encarnar defesa, interpretação e efetivação de seus mais altos valores de convivência.

Errei bastante nesses anos, mas sempre tentando acertar e distribuir justiça, conforme as leis, a Constituição e a mais sincera convicção do justo. Se Deus me permitir, sigo puxando a plaquinha nos próximos 15.

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